Doenças de inverno são as vilãs da estação

12 de junho de 2015, 10h23, por Amanda Ramalho
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O inverno chega e com ele resfriados, rinite, alergias, asmas, sinusites, bronquite crônicas e muitas outras doenças se tornam mais frequente com a entrada das baixas temperaturas.

Nosso corpo, acostumado com o clima mais ameno, sente a diferença e a situação se agrava em relação aos idosos e as crianças. Segundo a otorrino Vivian Wiikmann, o que aumenta essa fragilidade é o sistema imunológico frágil que eles possuem. "Nas crianças o convívio em creches facilita o contágio de uma para outra. Indivíduos com doenças crônicas também são mais susceptíveis, como os que apresentam diabetes, doenças cardíacas, enfisema e bronquites crônicas".

As mudanças bruscas de temperatura agravam a situação, somando ao resfriamento do ar e a nossa tendência de procurar ambientes fechados e com pouca ventilação as crises alérgicas são inevitáveis. "O nariz tem mais dificuldade de filtrar, aquecer e umedecer o ar que chega nas vias aéreas superiores e inferiores, predispondo a infecção por vírus e bactérias", explica a profissional.

Vivian alerta que as pessoas que convivem com fumantes e sofrem desse tipo de doença precisam de atenção redobrada. "O cigarro possui diversas substâncias agressoras que irritam o trato respiratório, agravando os sintomas de gripes e resfriados, dificultando a melhora destes quadros".

Além de problemas respiratórios, a estação também é propensa às alergias oculares. De acordo com a oftalmologista Juliana Freitas, especialista em lentes de contato, córnea e cirurgia refrativa do D'Olhos Hospital Dia, “o inverno traz as conjuntivites alérgicas e as adenovirais contagiosas. Assim como a gripe, a conjuntivite é mais frequente nessa época porque as pessoas ficam mais aglomeradas, com janelas fechadas, o que propicia o contágio".

As rinites e sinusites pioram a conjuntivite alérgica e geralmente estão interligadas. "Uma coisa piora a outra. Então, tratar a rinite ajuda no tratamento da conjuntivite alérgica", avisa a oftalmo.

Para quem sofre com a sensação de olho seco, "quando há alteração na qualidade da lágrima, que pode ser tanto na camada de gordura, de água ou de proteínas, manter os olhos ‘hidratados’ se torna essencial", explica Juliana. "Faça uso de lubrificantes se houverem sintomas de olho seco, como sensação de areia, cisco, ou mesmo ardência. Compressas geladas e não coçar os olhos também ajuda. Se isso não funcionar, procure um oftalmologista".

Tanto para alergias respiratórias quanto para oculares, manter as mãos sempre limpas, evitar o acúmulo de poeira, ter etiqueta ao tossir, (tossir no punho e no dorso da mão), beber muita água e tentar manter o ambiente bem arejado, são algumas das chaves para evitar grandes preocupações com a saúde.