O cantor Eduardo Costa foi condenado a pagar uma indenização por danos morais à apresentadora Fernanda de Lima.
Tudo aconteceu em novembro de 2018, após um discurso de Fernanda em seu programa global "Amor & Sexo". Na época, a apresentadora terminou o programa com um discurso sobre a luta das mulheres contra esteriótipos.
"Chamam a mulher de louca. A mulher que desafia as regras e não se conforma. Chamam de louca a mulher cheia de erotismo, de vida e de tesão. Se levarmos a fama, vamos, sim, deitar na cama. Vamos sabotar as engrenagens desse sistema de opressão", declarou.
Eduardo usou as redes sociais para falar sua opinião sobre o texto lido e chamou Fernanda de imbecil.
"Mais de 60 milhões de brasileiros e brasileiras votaram em Jair Bolsonaro e, agora, vem essa imbecil com esse discurso esquerdista. Ela pode ter certeza de uma coisa, a mamata vai acabar, a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco e o lado mais fraco hoje é o que ela está. Será que a senhora só faz programa para bandido, maconheiro, esquerdista derrotado?", escreveu.
Dias depois o sertanejo teria se arrependido e pediu desculpas: "Fui no calor da emoção e falei coisas que não penso, que não gosto de falar. Fui babaca, fui babacão mesmo. Me arrependo, fui infeliz nas palavras, quero até pedir desculpas para Fernanda, para o marido dela, os filhos e os fãs", disse Eduardo.
Fernanda entrou com uma ação e o cantor ofereceu um acordo no valor de R$10 mil, mas Fernanda não aceitou. Eric Scapim Cunha Brandão, juiz do caso, usou o protocolo de gênero do Conselho Nacional de Justiça para a decisão, que segundo ele, as ofensas intensificaram a possibilidade de que um discurso de violência fosse incitado contra a apresentadora.
"O direito de expressar sua opinião não dispensa a prudência, ou admite a má-fé, a leviandade ou a irresponsabilidade, tampouco é justificada ofensa à honra por questões pessoais em redes sociais, notadamente quando a parte autora tenta desconstruir a violência de gênero que recai sobre as mulheres das mais diversas formas na sociedade atual", afirmou o juiz.
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