Em bate-papo, Anitta fala sobre carreira, feminismo e anonimato

30 de novembro de 2017, 14h44, por Alexandre Murari
Divulgação

Nesta quarta-feira, 29, a funkeira Anitta participou do programa "The Bate Boca", da rádio MIX, e respondeu a algumas perguntas dos fãs que participavam do bate-papo. O passado sofrido, a carreira internacional e o feminismo foram assuntos no programa.

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Sobre o início da sua carreira, Anitta conta que trabalhava na Vale do Rio Doce e que largou "tudo sem saber o dia de amanhã. Eu estava com uma mão na frente, outra atrás. Minha mãe não tinha emprego na época, meu irmão estava fazendo faculdade, a gente morava lá em Onório. Lá no fundo de Onório [risos], morava na parte que não tinha ônibus", disse a cantora.

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"O que eu fazia? Na rua que eu morava só tem um ônibus, ele só vai pra um lugar que é para a Tijuca. Você só pode querer ir pra Tijuca. Meu irmão fazia UFRJ, eu na Vale... Eu deixava de pegar um desses ônibus, acordar mais cedo, para dar um dos bilhetes pro meu irmão". Quando foi tentar ser cantora era tudo ou nada: "Eu estava para ser efetivada no dia e não quis".

Já sobre a igualdade da mulher e a luta para que ela alcance as mesmas posições e privilégios que os homens, a funkeira declarou:

"Eu me acho feminista, mas eu acho que hoje está tudo muito extremo, distorcido. Quando você fala feminista, por ser uma palavra derivada do feminino, acaba que as pessoas entendem que a mulher é melhor que o homem. É não é isso. Tudo mundo é igual, indepentende de rico, pobre, gay, trans, lésbica. O feminismo é sobre todos serem iguais. A galera tem levado tudo muito ao extremo, todo mundo briga. Eu sou da paz".

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No bate-papo, ela também contou que o projeto Checkmate, em que ela se propôs a lançar um vídeo todo mês, não vai ter o mesmo formato em 2018. "Em 2018 não vai ter uma música por mês. As pessoas iam cansar de olhar para a minha cara", disse. Ela ainda ressalta que não teria riscos de fazer esse tipo de planejamento, pois estudou e não arriscaria fazer algo que não soubesse que daria certo. "Era muita coisa envolvida. Se eu estivesse analisado e visto que tinha um risco, eu não faria. Eu já sabia todas as propostas que eu faria", explicou.