Karol Conka já bateu em assediador e ficou na mira de arma

19 de janeiro de 2018, 15h36, por Alexandre Murari
Divulgação

A cantora Karol Conka, em entrevista publicada nesta sexta-feira, 19, pelo jornal "Extra", contou sobre alguns assédios que já sofreu em sua vida. O primeiro, ela conta que, quando tinha apenas 17 anos, foi assediada em um ônibus:

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"Entrei num ônibus e um senhor ficou encostando a genitália ereta na minha coxa. Quando abriu a porta, eu o chutei pra fora. Fiquei com tanto nojo". Um outro episódio, de acordo com Conka, foi quando ela já trilhava a carreira de cantora em um show no Rio de Janeiro:

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"Um cara ficava olhando e dizendo: ‘deixa eu enfiar o dedo aí’. Parei tudo e perguntei: ‘Como é que é?’. Ele disse que era muito rico e que ia ferrar comigo. Homem já é dificil de lidar, rico, então, piorou. Eles acham que podem tudo. Alguns, não estou generalizando. Mas expulsei o cara da balada. Saber se posicionar coloca qualquer pessoa pra baixo", afirmou.

Outro caso mais grave do qual Karol Conka se recorda foi quando ela ficou na mira de uma arma: "Um cara já apontou uma arma para mim porque ele queria bater numa menina e eu me meti. Eu era adolescente", disse. A cantora continua, relembrando um caso recente, que aconteceu num hotel de luxo no Rio:

"Quando dei na cara do gringo, tinha muita gente em volta, eu tinha um celular que servia de prova... Mas nunca revide se você estiver sozinha. Eu sou da paz, não da violência. Mas tem certas situações que só agindo assim. As mulheres não denunciam porque é muito chato, tão chato quanto ser agredida. A Justiça não funciona direito nesse país. Quando você vai à delegacia, muitas vezes é constrangedor. Infelizmente, homens protegem homens, sim. Alguns acham que é culpa da vítima. Isso não existe! Na minha família, tem história de pai que estuprou filha. Minha mãe já foi violentada pelo meu pai porque ele estava bêbado e ela não queria transar. Isso é muito sério, por isso a minha revolta. Quando a gente é mais louca que o louco, eles abaixam a cabeça. As mulheres têm o direito de fala, de se defender", afirmou ao "Extra".