Dez anos depois da estreia do sucesso Rita Lee Mora ao Lado, a atriz Mel Lisboa volta a interpretar a roqueira-mor em um musical inédito, desta vez inspirado na autobiografia da cantora. Com direção de Marcio Macena e Débora Dubois, "Rita Lee – Uma Autobiografia Musical" estreia no Teatro Porto, em São Paulo, no dia 26 de abril, onde segue em cartaz até 30 de junho, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 17h.
Quando Mel Lisboa pisou pela primeira vez em cena como Rita Lee em 2014, ela não poderia prever algumas coisas: primeiro, de que seriam meses de casa cheia num dos maiores teatros de São Paulo. Segundo, que a própria Rita apareceria sem avisar, abençoaria sua performance e ainda voltaria para assistir ao espetáculo. Trabalho, aliás, que rendeu a Mel prêmios como melhor atriz e a colocou de vez entre os maiores nomes do teatro nacional, com uma frutífera e diversificada carreira.
A nova montagem ainda tem direção musical de Marco França e Marcio Guimarães e, junto com Mel, estão no elenco Bruno Fraga, Fabiano Augusto, Carol Portes, Debora Reis, Flavia Strongolli, Yael Pecarovich, Antonio Vanfill, Gustavo Rezê e Roquildes Junior.
Diferentemente do projeto anterior, dessa vez, Mel conta a história de Rita com base no livro da cantora, lançado em 2016 e um dos maiores sucessos editoriais do Brasil. O livro narra os altos e baixos da carreira de Rita com uma honestidade escancarada, a ponto de ter sido apontado como "ensinamento à classe artística" pelo jornal O Estado de São Paulo. A ideia do novo musical surgiu quando Mel gravou a versão em audiolivro, como Rita, em 2022.
O texto de Rita, numa narrativa envolvente e perfeita para um musical biográfico, conta do primeiro disco voador avistado por ela ao último porre. Sem se poupar, ela fala da infância e dos primeiros passos na vida artística; de Mutantes e de Tutti-Frutti; de sua prisão em 1976, na ditadura; do encontro de almas com Roberto de Carvalho; das músicas e dos discos clássicos; do ativismo pelos direitos dos animais; dos tropeços e das glórias.
"A vida de Rita precisa ser contada e recontada. Sua existência transformou toda uma geração. E continua a conquistar fãs cada vez mais jovens. Rita não é ‘somente’ a roqueira maior. Ela compôs, cantou e popularizou o sexo do ponto de vista feminino em uma época em que isso era inimaginável. Ousou dizer o que queria e se tornou a artista mais censurada pela ditadura militar. Na época, foi presa grávida. Deu a volta por cima e conquistou uma legião de ‘ovelhas negras’. Se tornou a mulher que mais vendeu discos no país e a grande poetisa da MPB", declara a Mel Lisboa.
Como diz Rita no livro, seu grande gol é ter feito um monte de gente feliz. E Mel, no palco como Rita, leva a sério essa missão: todas as vezes que encarnou Rita em cena, as pessoas se comportavam como se estivessem num show. Cantando junto, batendo palma e, não raras as vezes, correndo para dançar na frente do palco no “bis” do espetáculo. Viva Rita!
A montagem terá roteiro e pesquisa de Guilherme Samora inspirada no livro Rita Lee – Uma Autobiografia, onde a cantora fala abertamente da sua vida pessoal e profissional.
A ideia é criar uma versão inédita que mostre todas as facetas dessa grande cantora, compositora, multi-instrumentista, apresentadora, atriz, escritora e ativista dos direitos humanos e uma das maiores, se não a maior artista brasileira.
O Teatro Porto recebe a estreia do musical Rita Lee – Uma Autobiografia Musical em sintonia com as comemorações de seus 9 anos, que serão completados em maio. Como parte de seu compromisso em incentivar a cultura brasileira e fomentar a efervescência da região central da cidade, a peça se alinha à visão curatorial do teatro, que busca excelência artística enquanto promove a inclusão de diferentes públicos.
Fonte: Pombo Correio Assessoria De Comunicação