Na revista "Science" desta quinta-feira, 23, um artigo assinado por paleontólogos da Universidade de Porstmouth, do Reino Unido, descreve um fóssil que abre novos rumos nos estudos sobre a evolução de répteis como cobras e lagartos.
Oriundo da região que hoje ocupa a Bacia do Araripe, no Ceará, o fóssil de uma cobra com patas, que viveu há cerca de 120 milhões de anos, inclui uma nova espécie na linha evolutiva desses animais. O esqueleto foi encontrado no Geopark Araripe, região protegida ambientalmente desde 1997. Há tempos que a ciência acredita que lagartos e cobras são bem próximos se tratando em termos evolutivos.
No entanto, até então, os estudos haviam comprovados que, com o passar do tempo, os lagartos evoluíram para lagartos com corpo de serpente e patas, e depois para serpentes. "É o primeiro fóssil de cobra com quatro patas e cinco dedos. Isso muda a história evolutiva das cobras. Conhecia-se apenas três estágios e agora, eles são quatro", revela Álamo Feitosa, diretor científico do Geopark.
Veja abaixo a simulação feita pelos estudiosos de como seria a Tetrapodophis amplectus.
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