O sambista irreverente Dicró morreu na noite desta quarta-feira, dia 25. Após uma sessão de hemodiálise, o cantor e compositor passou mal em sua casa e foi levado para um hospital, em Magé (RJ), onde sofreu um infarto e não resistiu. Dicró que tinha 66 anos, sofria de diabetes e de insuficiência renal.
Famoso por suas músicas de duplo sentido, Dicró escrevia sambas bem-humorados e brincadeiras com as sogras, como nas canções "A Vaca da Minha Sogra" e "Bingo da Sogra". Ouça outros sucessos do artista.
Em parceria com Bezerra da Silva e Moreira da Silva, o artista lançou o disco "Os 3 Malandros in Concert", de 1995, satirizando o trio erudito formado por Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras.
Sua discografia é formada por 12 álbuns, sendo o mais recente "O Piscinão", de 2002. Dicró também participou do projeto "CD Rua", criado pelo cantor Agnaldo Timóteo em que seu trabalho era vendido na rua, de mão em mão.
Carlos Roberto de Oliveira ganhou o apelido quando era compositor de um bloco de carnaval em Nilópolis e assinava as composições com as iniciais de seu nome "CRO". Os organizadores diziam "é de CRO", ao darem o crédito aos sambas, criando Dicró.
O corpo do artista será enterrado nesta quinta-feira, dia 25, às 16 horas, em sua cidade natal, no Cemitério Parque Jardim Mesquita, na Baixada Fluminense.