Lançado em 1991 o disco "Nevermind", do Nirvana, é sem sombra de dúvidas um dos discos mais importantes do mundo do rock. Lançado no dia 24 de setembro daquele ano, além de "Smells Like Teen Spirit", "Lithium" e "Come As You Are", o disco tem mais uma canção que chama a atenção e que nas últimas semanas voltou a fazer sucesso novamente por estar em uma trilha sonora.
"Something In The Way", a penúltima faixa de "Nevermind", single de letra simples no qual Kurt Cobain praticamente sussurra os versos em uma melodia lenta integra a trilha do filme do "Batman", estrelado pelo ator Robert Pattinson.
Quando o longa estreou no início do mês, mais praticamente no dia 3 de março, as buscas pela canção aumentaram signficativamente e segundo a empresa de dados MRC Data, "Something In The Way" cresceu 734% nos Estados Unidos somente nos quatro primeiros dias após o lançamento.
Sobre a escolha da faixa, o diretor Matt Reeves comentou os motivos durante uma entrevista a revista "Empire":
"Quando eu escrevo, eu ouço música. Eu estava escrevendo o primeiro ato de Batman quando coloquei 'Something In The Way' para tocar. Eu pensei que essa poderia ser uma boa mistura. [O Bruce Wayne] tem esse jeito de Kurt Cobain, no qual ele se parece com uma estrela do rock, mas você também sente que ele poderia ser alguém recluso".
Relembre o trailer onde foi usada a canção:
Logo abaixo, confira o single na íntegra:
Apesar de voltar a estar entre as músicas mais ouvidas e parecer ser simples, "Something In The Way" foi bem difícil de ser gravada. Certa vez, durante um bate-papo à revista "NME", Butch Vig, bateirista do Garbage e produtor do segundo álbum do "Nirvana" revelou que a banda vinha de uma exaustiva rotina de ensaios e que isso dificultou muito o processo da canção.
"No estúdio simplesmente não funcionava. A bateria estava muito alta, e Kurt não conseguia tocar a guitarra de forma acústica. Ele ficou bem frustrado. Kurt saiu do estúdio, foi até a sala de controle e começou a tocar a música em um violão. Foi aí que Butch teve a ideia de gravar ali mesmo, no sofá onde ele havia se sentado. Expulsei todo mundo da sala, liguei o microfone, tirei o telefone da tomada e Kurt voltou a tocar. Fomos construindo a música a partir disso".
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