Cazuza se estivesse vivo completaria 54 anos nesta quarta

04 de abril de 2012, 15h56, por Tatiana Pires
DivulgaçãoCazuza foi considerado o poeta do rock nacional

A originalidade musical e a rebeldia expressadas em suas letras não marcaram apenas a sua geração, mas também e principalmente, escreveram seu nome com letras maiúsculas na história do rock nacional. Cazuza se estivesse vivo completaria 54 anos, nesta quarta-feira, dia 4.

Agenor de Miranda Araújo Neto morreu vítima de complicações provocadas pela Aids, em 7 de julho de 1990. Filho de um dos principais executivos do mercado fonográfico brasileiro, João Araújo, e de Lucinha Araújo, Cazuza foi uma das personalidades mais marcantes da geração dos anos 1980.

O cantor e compositor deixou um legado de vários sucessos. Sua carreira teve ínicio no Barão Vermelho ao lado do guitarrista Roberto Frejat, do baixista Dé, do tecladista Maurício Barros e do baterista Guto Goffi. O grupo lançou três álbuns sob a orientação do jornalista e produtor musical Ezequiel Neves.

Em 1985, Cazuza deixou o Barão Vermelho para seguir carreira solo. Logo após a separação da banda descobriu ser portador do vírus HIV. Ele foi o primeiro artista brasileiro a admitir publicamente que estava com Aids.

Após a descoberta da doença, Cazuza compôs letras com maior teor social e político, como "Brasil" e "Ideologia". O artista chegou a ser levado pela família para se tratar nos Estados Unidos. Depois de um período lá, retornou ao país para gravar o álbum "Ideologia". Em carreira solo, Cazuza lançou cinco álbuns em quatro anos.

Em 1987, mesmo ano da morte do cantor, sua mãe Lucinha Araújo fundou a Sociedade Viva Cazuza, insitutição de apoio a crianças portadoras do vírus HIV.

A trajetória do cantor assim como sua infância e adolescência foram narradas no livro de Lucinha Araújo em depoimento a Regina Echeverria, "Só as Mães são Felizes". Baseado na obra, Cazuza teve sua história retratada nas telonas. Em 2004, foi lançado o filme "Cazuza - O Tempo Não Pára", de Sandra Werneck e Walter Carvalho.

Discografia:

Com o Barão Vermelho
"Barão Vermelho (1982)
"Barão Vermelho 2 (1983)
"Maior Abandonado (1984)

Solo
"Exagerado" (1985)
"Só Se For A Dois" (1987)
"Ideologia" (1988)
"O Tempo Não Pára" - ao vivo (1988)
"Burguesia" (1989)
"Por Aí" - póstumo (1991)
"Melhores Momentos - póstumo de Cazuza e Barão Vermelho (1993)
"Remixes" póstumo - (1998)
"O Poeta Está Vivo - Show no Teatro Ipanema 1987 - ao vivo" - póstumo (2005) 

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