"Manobra caça níquel, uma coisa mal feita", diz Graziela Gonçalves do musical sobre Chorão

13 de março de 2015, 14h23, por Marayná Freitas
Divulgação

Nesta sexta-feira, dia 13, estreia em São Paulo o musical "Dias de Luta, Dias de Glória" sobre o músico Chorão e os 20 anos da banda Charlie Brown Jr.

Em meio às tantas polêmicas que já surgiram sobre o assunto, agora foi a vez de Graziela Gonçalves, viúva de Chorão, dar seu proceder sobre a história. Ela ficou de fora do musical.

Em entrevista ao E! Online, ela disse o verdadeiro motivo de não ceder os direitos do uso de seu nome no musical e contou por que não foi retratada na história: "Em primeiro lugar, queria deixar claro que não procurei essa produção pedindo para fazer a história. Perto da data de estreia, quando a história já estava pronta, tivemos acesso ao material. Não gostei da forma como fui tratada, foi ridículo, absurdo e não admito que minha história seja contada de forma tão inverídica. Não aceitei participar porque não era a nossa história. A produção sugeriu que aceitássemos todas as condições do produto, inclusive com o meu personagem sendo retratado daquele jeito", desabafou. Ela ainda disse que o fato de não ter autorizado o uso de seu nome nada tem a ver a questão financeira e a única razão disso foi por uma questão moral.

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Graziela pretende processar caso o roteiro original não tenha sido modificado pelos produtores: "Tenho o roteiro original. Se eles não alteraram isso, vou processar. Propus uma reunião para o roteiro e mudaram apenas o meu nome. Não vivi 20 anos ao lado de uma pessoa, com momentos muito bons, mas também com muitos solitários, para ser retratado de uma maneira tão rasa assim. Durante esses anos todos, não tinha ninguém do meu lado. Todo mundo queria apenas que a máquina continuasse rodando e que o dinheiro continuasse a entrar. Éramos só nós", contou.

A viúva de Chorão ressaltou que não terem inserido a sua história de 20 anos ao lado do músico foi "no mínimo uma falta de respeito e falta de caráter": "Quem está lá sendo retratado não eram pessoas que participavam da minha vida, do meu cotidiano. A gente não era muito de sair, de expor a nossa vida. Quem vinha nos visitar sempre era o pessoal da banda, que, aliás, também não está concordando com isso", revelou.

Para concluir, ela desabafou dizendo que Chorão, de onde ele estiver, não está apoiando o espetáculo que, na opinião dela, está mais para uma "manobra caça níquel", a fim de retorno financeiro, do que para contar realmente a história de seu marido: "Isso é uma manobra caça níquel, uma coisa mal feita. Alexandre podia ter todos os defeitos do mundo, era chamado de maloqueiro por muitos, mas tinha uma noção de honra e de proceder difícil de achar. Ele deve estar muito decepcionado se estiver vendo tudo o que está acontecendo. Pensando melhor, espero que ele não esteja vendo".

Sobre os rumores que foram disseminados pela mídia, dizendo que ela teria ido na pré-estreia para convidados, Graziela contou que não foi e acrescentou: "Como tem muito boato falando que estou contra, fizeram uma jogada de marketing. Mas vou pedir retratação porque não fui, não iria, não concordo e acho feio o que estão fazendo".

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