O divórcio turbulento e midiático de Shakira e Piqué rendeu muito amadurecimento e fortalecimento por parte da colombiana.
A cantora e compositora falou, em entrevista ao jornalista mexicano Enrique Acevedo, sobre a situação e da forma pela qual se reergueu e tirou forças para seguir em frente. Além disso,
Shakira que tem sido destaque nas paradas musicais com "BZRP Music Sessions #53", faixa que expôs a traição do ex, e comentou sobre como o empoderamento feminino foi importante para esse trabalho.
"Eu comprei aquela história de que uma mulher precisava de um homem para se tornar completa. Eu também tive aquele sonho relacionado à família, de que as crianças têm uma mãe e um pai vivendo sob o mesmo teto. Você não realiza todos os seus sonhos na vida, mas a vida tem um jeito de te compensar e acho que certamente fez isso por mim, com os dois filhos maravilhosos que eu tenho e que me enchem de amor todos os dias".
"Também compreendi essa fábula de que uma mulher precisa de um homem, porque sempre fui emocionalmente dependente dos homens, admito, eu sou apaixonada pelo amor, acho que consegui entender essa história por outra perspectiva e hoje sou suficiente sozinha. Entendi que quando uma mulher precisa enfrentar as batalhas da vida, ela sai fortalecida. E quando sai fortalecida, é porque aprendeu a conhecer suas próprias fraquezas e aceitar sua vulnerabilidade também, a expressar o que sente, sua dor, porque dizem que o contrário da depressão é a expressão".
"Agora, paradoxalmente, me sinto completa porque dependo de mim mesma e tenho dois filhos que dependem de mim e isso significa que tenho que ser mais forte que uma leoa. E para que essa força seja verdadeira, e não apenas uma fachada, ela precisa vir da experiência de uma dor, de aceitar, de tolerar a frustração, de entender que a vida nem sempre nos traz o que queremos que traga. De que há sonhos que se quebram, e que você tem pegar os pedacinhos e se reconstruir. E também ser um exemplo para os meus filhos, de que podemos sobreviver às batalhas da vida".
Para Shak, a música serviu de terapia para enfrentar a dor, os momentos difíceis, dar a volta por cima e ser uma voz para mulheres que, assim como ela, também sofreu uma traição.
"A arte tem uma função além de incomodar, mas também, a de representar. Me dei conta de que nós, mulheres, estamos em um momento chave para sociedade. Estamos em um ponto em que receber o apoio umas das outras é muito revelante, é muito importante. Como dizia Madeleine Albright, a ex-secretária de estado dos Estados Unidos, em uma frase que gosto muito: 'Há um lugar reservado no inferno para as mulheres que não apoiam as outras'. E sim, eu concordo plenamente", exemplificou.
"Alguém deveria ter tirado uma foto minha no dia que trabalhei na 'Sessions #53' com Bizarrap, uma antes e uma depois, porque eu entrei no estúdio de uma forma e saí de outra, e isso é uma das coisas que eu mais agradeço ao Bizarrap. Por me dar esse espaço para me curar'. Foi muito necessário também para o meu próprio processo de recuperação. Estaria em um lugar bem diferente se não fosse essa música, a oportunidade de me expressar e pensar na dor. Foi um momento brutal de honestidade, tanto para mim, quanto para o meu público, o momento em que descobri meus verdadeiros amigos. Porque dizem que são nos momentos ruins que você descobre quem são seus verdadeiros amigos e quem não são. E também me dei conta de que a amizade é um fenômeno que sucede o nível individual e sinto que posso ser amiga de muitas pessoas e é isso que tenho sentido. Tenho me sentido realmente apoiada pelo meu público de uma maneira que jamais esperei. Eles me levantaram em um momento difícil, quando eu estava caída. Me deram a força e me levantaram e estou pronta para o próximo round. Que a vida venha e que ela me mostre o que mais tem pela frente".
A entrevista completa de Shakira para o jornalista Enrique Acevedo você confere clicando aqui!
Fique por dentro de tudo o que acontece no mundo da música. Curta nossa página no Facebook!