Zeca Camargo, em uma crônica para o "Jornal das Dez", da GloboNews, criticou a comoção intensa acerca da morte do sertanejo Cristiano Araújo. O jornalista comparou o incidente com a "modinha" dos livros de colorir, algo que ele acha sem propósito e representa a "ausência de fortes referências culturais".
O ex-apresentador do "Fantástico" foi além: falou que a "alma cultural brasileira é pobre" e fez sarcasmo com a mobilização das pessoas que, segundo ele, "de uma hora para outra, fãs e pessoas que não tinham ideia de quem era Cristiano Araújo partiram para o abraço coletivo, como se todos nós estivéssemos esperando por um evento maior que nos unisse pela emoção".
Citando o funeral público do cantor, que teve uma "insana cobertura de sua despedida", Zeca complementa: "Cristiano Araújo? Sim, Lady Di, Mamonas, Senna, todos esses, eram... ídolos de grande alcance", o que sugeriu que o sertanejo não era e não merecia tal comoção.
Para o apresentador, o cantor morreu "cedo demais para provar que tinha potencial para se tornar uma paixão nacional". Complementando, Zeca atacou o universo sertanejo: "Nossa canção popular é hoje dominada por revelações de uma música só", dizendo que eles "se entregam a uma alucinada agenda de shows para gerar um bom dinheiro antes que a faísca deste sucesso singular apague sem deixar uma chama mais duradoura".
Para concluir, o apresentador disparou: "Precisamos de novos heróis, mas estão todos ocupados pintando jardins secretos".
A crônica, é claro, não agradou os fãs de sertanejo e muito menos os cantores integrantes desse universo, que protestaram sob a hashtag #QuemÉZecaCamargo.
Confira abaixo:
Sorocaba
Munhoz e Mariano
Israel Novaes
Belutti
Fernando Zor
Assista ao vídeo da crônica aqui.
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